Exu é uma entidade conhecida dentro do culto afro-brasileiro como um dos orixás mais importantes. De acordo com a religião, Exu é responsável por guardar as encruzilhadas, sendo assim capaz de controlar o acesso a diferentes dimensões espirituais. Mas além de ser um guardião, Exu é considerado também um mediador entre os mundos visível e invisível. A palavra “exu” tem sua origem no idioma iorubá, que é uma língua falada na Nigéria e foi trazida ao Brasil pelos escravos africanos. Na tradição religiosa afro-brasileira, Exu é representado como um homem bonito e charmoso, que carrega um gorro vermelho e uma bengala. O significado de Exu dentro da cultura afro-brasileira pode variar dependendo do terreiro de candomblé ou umbanda onde é cultuado. Algumas correntes religiosas destacam a figura de Exu como um ser maligno e outros como uma divindade capaz de trazer ligações entre o mundo físico e o espiritual. Em geral, o culto a Exu é marcado por rituais de oferenda e agradecimento, que buscam homenagear o orixá e assim garantir sua proteção. Algumas oferendas comuns incluem comidas, bebidas, velas e outros objetos que são deixados em encruzilhadas ou outros lugares tidos como sagrados. Apesar de sua importância dentro do candomblé e da umbanda, Exu muitas vezes sofre preconceito por sua ligação com o mundo espiritual. Muitas pessoas o enxergam como um demônio ou espírito maligno, o que evidencia a falta de compreensão sobre as religiões de matriz africana.