A alienação faz referência ao processo pelo qual as pessoas se afastam da realidade e passam a viver num mundo fictício, distante da sua verdadeira condição. Trata-se, portanto, da falta de consciência ou da perda da noção da realidade. Este fenómeno pode manifestar-se de diversas formas: no trabalho, por exemplo, quando o emprego é encarado apenas como uma fonte de rendimento, sem qualquer interesse pessoal; ou na sociedade, em que os indivíduos se sentem incapazes de participar ativamente na construção das normas e dos valores que regem o seu quotidiano. A alienação também pode advir da falta de conhecimento ou de incentivos para a busca de informação, ou mesmo da submissão a práticas ou a comportamentos nocivos para a saúde e para o bem-estar. Os meios de comunicação e a massificação da cultura são outros fatores que contribuem para a alienação, ao difundir a padronização de ideais e costumes. O sentido original da palavra alienação refere-se a uma condição patológica, em que a pessoa sofre uma ruptura com a realidade e se isola do mundo que a rodeia. Contudo, o termo é frequentemente utilizado em sentido figurado, para se referir a uma sociedade em que as pessoas se encontram afastadas umas das outras e da sua própria humanidade. Conscientes da existência deste fenómeno, cabe-nos o papel de combater a alienação, incentivando a participação cívica e a reflexão crítica sobre a nossa realidade social, económica e política. É preciso que cada um de nós se torne sujeito ativo da sua própria vida e que a luta pela igualdade e pela justiça social seja constante, para que a alienação deixe de ser uma realidade tão presente na nossa sociedade.